As informações estratégicas são um instrumento essencial à ação dos Estados, tanto no que respeita à salvaguarda dos interesses que lhe são próprios, como no que concerne à defesa dos valores e interesses partilhados no âmbito do concerto das Nações.
Considerando a internacionalização e a transversalidade das principais ameaças comuns, a
cooperação entre os Serviços de Informações, mas também com Forças e Serviços de Segurança, é decisiva para a consolidação de uma Comunidade alargada de Informações.
Com efeito, a cooperação com outras estruturas de Intelligence, quer no plano nacional, quer internacional, constituiu-se como um elemento crucial para a prossecução da missão do SIED.
A nível nacional, o SIED articula-se, prioritariamente, com o Ministério dos Negócios Estrangeiros, incluindo com a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, com o Ministério da Defesa Nacional, através da Direção-Geral de Política de Defesa Nacional, com o Estado-Maior General das Forças Armadas, em particular com o seu Centro de Informações e Segurança Militares e com as Forças Armadas.
Enquanto instrumento avançado na defesa da segurança interna, este Serviço integra o Sistema de Segurança Interna (SSI), estando representado no Conselho Superior de Segurança Interna, no Gabinete Coordenador de Segurança e na Unidade de Coordenação Antiterrorismo (UCAT).
No quadro do Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP), o SIED mantém uma cooperação reforçada com o Serviço de Informações de Segurança (SIS). Por imposição legal, impende sobre a Guarda Nacional Republicana, a Polícia de Segurança Pública, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e a Polícia Judiciária um "especial dever de colaboração" para com o SIED. Por seu turno, recai sobre o SIED o dever de comunicar às entidades competentes os elementos de que tenha conhecimento referentes à segurança do Estado, à repressão da criminalidade e de factos que configurem ilícitos criminais.
Refira-se ainda o dever de colaboração com o SIED das entidades da administração pública portuguesa, e, nalguns casos, das entidades privadas que tenham uma relação contratual com o Estado português, “quando justificadamente solicitada”.
No plano internacional, o SIED dispõe de uma vasta rede de relacionamentos externos bilaterais, cooperando presentemente com a maioria dos serviços de informações de outros Estados, daí resultando uma expansão do raio de ação do Serviço ao abrigo das suas competências. O SIED participa ainda ativamente na cooperação ao nível da intelligence no quadro da Aliança Atlântica (OTAN), da União Europeia (UE), da Comunidade de Países de Língua Portuguesa e do espaço Iberoamericano.
A cooperação internacional reveste-se da maior importância para o SIED, dado que garante a representação institucional do Serviço em fora internacionais e o estabelecimento de contatos desenvolvidos num quadro de concertação permanente ou circunstancial, com relevância para as atividades prosseguidas por este Serviço.